Alegria!

Abençoada seja a alegria! E bem-aventurados os homens e mulheres alegres! Por que motivo não haveríamos nós de ser alegres? Por que não vivemos sorrindo, cantando, dando pulos de contentamento? Ora, porque somos uns ingratos, uns tolos, frescalhões exigentes para quem nada nunca está bom o suficiente.

Mas se abrirmos os olhos, se entendermos direito as coisas, se deixarmos para lá os nossos vícios, ah, que felicidade! Não vamos conseguir nos conter de tanta alegria!
Nós complicamos demais a vida. Deixamos nosso espírito depender demais de coisas externas a Deus e a nós. Colocamos nossa felicidade naquele empregão que queremos, nos carrão novinho, no namorado ou na namorada, no vestibular e até naquele par de sapatos na vitrine. Enquanto isso, o que realmente importa está sendo deixado de lado. E o que é que realmente importa? Ora, é Deus! É nele que está toda a alegria, toda a felicidade, todo o contentamento, todo o prazer! O resto é bobagem.

São Francisco de Assis abandonou tudo. Saiu de casa literalmente “com uma mão na frente e outra atrás”, e foi um dos homens mais felizes e alegres que já existiu. Ria à toa, encantava-se o tempo todo com a beleza da natureza. Vivia cantando e fazendo poesias. E alguém ousaria dizer que ele estava errado? Que ele era um tolo? Ora, foi um homem profundamente simples e profundamente sábio. Por que não o imitamos?

Não precisamos de nada para ser alegres, pois já temos tudo: temos Deus. Basta que nos lembremos de que estamos vivos, de que Deus criou para nós esse mundo com cores exuberantes, com sons reconfortantes, com perfumes suaves, com sabores deliciosos. Que alegria maior pode haver do que a alegria de estar vivo, de saber que somos filhos de Deus? Não podemos deixar que coisas desagradáveis, mas passageiras, escureçam a luz da alegria. Não podemos ser moles, fracos, deixando qualquer dificuldade nos abater. Precisamos aprender a ter ânimo e força, fé e esperança. Mesmo quando os problemas são realmente difíceis, as dores realmente penosas, precisamos nos lembrar da bravura de Jesus na cruz, do amor de Deus por nós, do prazer infinito que nos aguarda após a morte.

Vamos aprender a sorrir mais, vamos parar de reclamar, de criticar. Vamos aproveitar mais os muitos bons momentos que vivemos. Que delícia o cheirinho de café quente de manhã, o toque suave da água numa garganta sedenta, as primeiras palavras de um bebê, o barulho da água de um riacho claro num céu limpo, a brisa refrescante numa noite estrelada, o latido amigo de um filhotinho de cão, a sensação da areia fria num pé descalço, o jeito bobão dos enamorados, o carinho do pai e da mãe, a jabuticaba comida no pé, o passeio na casa dos avós, as piadas dos amigos, o trabalho bem feito, a noite bem dormida, o beijo afetuoso, a saudade, a esperança. Temos tantas coisas boas! Vamos valorizá-las, vamos nos alegrar por elas.

A criança e o jovem sabem ser mais alegres. Para a criança, tudo é novidade: cada nova descoberta traz um enorme excitamento, e, em sua inocência, tudo é bom. O jovem é confiante: ele se sente mais forte que o mal, e está pronto para o combate, o bom combate, o tempo todo. Ora, nós – crianças, jovens, adultos, velhos – precisamos ter um pouco dessa inocência e um pouco dessa confiança. Temperadas com a prudência dos mais velhos, seremos acapazes de atingir a felicidade.

Precisamos também aprender a levar certas coisas menos a sério e ter um pouco mais de bom humor. Mas é preciso diferenciar a alegria – que é um sentimento puro e solidário – da hilariedade – que é apenas gostar de rir – e da irreverência – que é o não ter limites para o riso. A verdadeira alegria é respeitosa, gosta de ver todos alegres. Fazer gozações com os outros não é mal, desde que não haja nisso nenhuma humilhação, nem desejo de fazer mal. Se alguém sai triste ou irritado de uma brincadeira, quem a fez pode nada ter de alegre – e ser apenas perverso. E brincar com as coisas santas, tirando delas o que têm de divino, é blasfêmia, pecado grave.

O jovem tem que ser alegre mesmo. Tem que viver cantando alto, tem que viver gastando energia, tem que viver correndo, se impressionando, se dedicando. Precisa viver alegre – e alegrando os outros. Pois quem inventou a alegria foi Deus e ela é uma bela arma contra o mal.

A alegria nos faz rir de nós mesmos: assim, nos ajuda a ser humildes. Ela nos faz rir das dificuldades: assim, nos ajuda ser fortes. Ela nos faz rir do mal: assim, nos ajuda a ser corajosos. Ela nos faz também solidários, amigos, caridosos.

Proocuremos nossa alegria em Deus. Sim, é possível querer e, por isso, ser alegre. É uma questão de despertar em nós esse sentimento. E ele é contagiante. Atrai coisas boas, atrai pessoas boas, ao mesmo tempo em que afasta o que há de ruim… E quem não gosta de conviver com pessoas alegres?

Viva a alegria!

Vestibular – Tá na hora. E agora?

Esse é um dos momentos mais importantes da vida de muita gente. Passar por ele parece até obrigatório, embora, na verdade, não seja. Pensar nele causa irritação. Quando ele vai se aproximando, o nervosismo vem vindo junto. E na hora H, não há quem não trema um pouco. É ele mesmo: o vestibular.

É quase um rito de passagem. O jovem fica um ano (às vezes mais) meio que separado do mundo. Seus amigos vão dançar e ele está lendo os livros da prova de Literatura. Seus amigos conversam sobre o novo filme que saiu e ele está aprendendo estequiometria. Seus amigos o chamam para dar um passeio e lá vai ele estudar logaritmos outra vez. Sua vida agora é a geometria e a Guerra dos Cabanos. É o eletromagnetismo e o ciclo de vida das samambaias. Até que um dia ele tem que se colocar à prova: mostrar que esse ano de estudos valeu a pena.
É preciso fazer valer. É preciso levar a sério. Por mais chata que essa rotina seja às vezes, por mais inúteis que muitos dos conteúdos estudados pareçam, é preciso perseverar. Não se consegue nada sem sacrifício, nós sabemos. Quem quer passar no vestibular tem que abrir mão de algumas coisas para conseguir outras.

Mas, se no fim das contas, o resultado não for a vitória, não se deve desanimar. É possível tentar de novo. É possível continuar, prosseguir. A perseverança é uma virtude muito importante. Ninguém deve desistir por causa de um fracasso. A vitória pode estar esperando logo ali, adiante. E, na segunda tentativa, é preciso corrigir os erros cometidos na primeira. Não houve dedicação suficiente? Então que o empenho aumente agora.

Por outro lado, é muito importante ter em mente que o vestibular, o ingresso numa faculdade não são etapas obrigatórias, não são um destino com o qual devamos nos conformar. É perfeitamente possível ser feliz, ser bem sucedido, em trabalhos que não tenham a ver com carreiras universitárias. Cada pessoa sabe fazer bem alguma coisa, e cada um gosta de fazer alguma coisa. Quando o saber fazer e o gostar de fazer se encontram, aí poderá estar a realização pessoal. É possível ser feliz como empregado, como profissional liberal ou montando o próprio negócio. O importante é trabalhar com honestidade e com dedicação.

Algumas pessoas tentar fazer o vestibular porque foram condicionadas a isso: ou os pais obrigam, ou a escola faz parecer que não há outros caminhos, ou a pessoa está de olho mesmo é no status. Infelizmente, há muita gente nessa situação que acaba quebrando a cara…

Porém, se você acha que o seu caminho é esse mesmo, então vá em frente. Mas vá mesmo, com determinação e sem preguiça. Prepare-se de verdade, estudando com afinco.

Mas não deixe os estudos separarem você do mundo. Alguns sacrifícios você terá que fazer, é certo, mas não deixe que eles sejam tantos que, no fim das contas, a sua vida é que acaba sendo sacrificada. Não se distancie da família nem dos amigos. Separe um tempo, talvez os fins de semana, para estar junto das pessoas de quem você gosta. Separe um tempo para esquecer dos livros e da pressão de ser aprovado. Do contrário, seu nervosismo só aumentará.

E o mais importante: não se distancie de Deus. Não deixe de rezar, de ir às missas e de participar de encontros e movimentos. A aprovação num exame não é mais importante do que a salvação de sua alma. E, afinal, ninguém pode ajudar você mais do que Deus.

Se você vai prestar vestibular neste final de ano, boa sorte! Se você está de olho é no ano que vem, então prepare-se bem – e tudo vai dar certo.

Ser Jovem


(Baseado em texto publicado pelo site http://www.comunidadeshalom.org.br)

“A juventude não é um período da vida. Ela é um estado de espírito, um efeito da vontade, uma qualidade da imaginação. É uma intensidade emotiva, uma vitória da coragem sobre a timidez, do gosto da aventura sobre o amor ao conforto. Não é por termos vivido um certo número de anos que envelhecemos. Envelhecemos porque abandonamos o nosso ideal. Os anos enrugam o rosto. Renunciar ao ideal enruga a alma. As preocupações, as dúvidas, os temores e os desesperos são os inimigos que lentamente nos inclinam para a terra e nos tornam pó antes da morte. Jovem é aquele que fica admirado, que se maravilha e pergunta, como a criança insaciável: E depois? É aquele que desafia os acontecimentos e encontra alegria no jogo da vida.”

Isso foi o que disse, certa vez, o general Mac Arthur, que liderou as tropas norte-americanas na Segunda Guerra Mundial.

O escritor Malba Tahan dizia que não importa se uma pessoa tem noventa, trinta ou dezessete anos. Porque, afirmava, só o homem comum envelhece com o passar dos dias e dos anos.

O Espírito superior, porém, indiferente ao escoar do tempo, só envelhece com o aniquilamento das suas ilusões e com o abandono de seus sonhos.

A mocidade é medida pela confiança e pelo esplendor dos seus sonhos. Pode-se ser jovem com a própria fé, a coragem, que ultrapassa a timidez.

Pode-se ser velho com nosso próprio medo. A velhice se implanta quando a ânsia de aventura é vencida pelo desânimo e a pessoa somente deseja ficar repousando, viver tranqüila.

Assim, seremos jovens enquanto nos conservarmos receptivos às mensagens da natureza. Enquanto tivermos olhos de ver a diversidade infinita de cores da paisagem.

Enquanto tivermos ouvidos de ouvir a melodia do vento nos ramos do salgueiro e o tamborilar da chuva no telhado, escorrendo pela calha.

Seremos jovens enquanto nos deixarmos arrebatar por tudo que é belo, bom, grande.

Enquanto o verde da esperança predominar na policromia da nossa alma. Enquanto o desânimo não conseguir adentrar a porta do coração e a preguiça não dominar a mente.

Enquanto tivermos forças para tecer a colcha de retalhos da nossa vida com sentimentos positivos: um quadradinho azul de amor, um quadradinho rosa de perdão. Um retalhinho lilás de compreensão. Um arremate branco de amizade.

Se você tem um trabalho para cansar, uma tristeza para sentir, uma comida da qual reclamar, não se permita enrugar, envelhecendo.

Se o seu sonho foi desfeito, permita-se outros sonhos e siga em frente.

Lembre-se de agradecer a Deus, por tudo, pois existem muitos que dariam tudo para estar no seu lugar.

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A sessão Partilhando Jovem está fazendo seu primeiro aniversário neste mês de outubro. Já são 12 meses de um papo bem legal com a galera jovem de Samonte.
E você, o que está achando? Dê sua opinião, participe! Também contribua com a gente dando idéias, fazendo matérias. Procure-nos: o Jornal Partilhando precisa de você. Participe da Pastoral da Comunicação, mande notícias sobre o seu grupo de jovens, venha partilhar seu tempo e sua disposição!

Partilhando Jovem – Ler: embarque nessa aventura!


Você conhece Jean Valjean? Não? E Raskólnikov? Aslam? Aragorn? Capitão Rodrigo? Capitu? Iaiá Garcia? Padre Brown? Úrsula Buendia? Guilherme de Barskerville? Watson? Não conhece nenhum deles?
Não diga que você nunca leu Victor Hugo, Érico Veríssimo, Chesterton, Tolkien, Machado de Assis, C. S. Lewis, Gabriel García Márquez, Umberto Eco, Dostoiévski, Conan Doyle? Ora, você não sabe o que está perdendo. Estes são alguns dos grandes mestres da literatura no Brasil e no mundo. Eles criaram belíssimas histórias, com personagens instigantes e tramas emocionantes. Guiados por eles, podemos conhecer outros países, outras épocas e até outros mundos. Podemos nos esquecer um pouco dos problemas do dia-a-dia, podemos nos emocionar e podemos até refletir sobre coisas importantes. Literatura é também aventura.
Além de prazerosa e emocionante, a leitura é muito útil. As pesquisas já comprovaram que os melhores estudantes e profissionais são aqueles que lêem muito. Quem lê bastante vai melhor nos estudos, tem mais facilidade para passar no vestibular. Ou seja: quem lê livros está alguns passos à frente, na briga por um futuro melhor, do que aqueles que não lêem.
Muitas pessoas dizem que não têm paciência para ler um livro. Mas quem diz isso é porque nunca tentou ler – ou tentou ler os livros errados. Há livros apropriados para cada idade. Um adolescente de 14 anos pode até tentar ler Guerra e Paz e pode até gostar. Mas, provavelmente, ele se divertirá mais lendo outros autores. Da mesma forma, alguém com 20 anos não verá muita graça em reler os livros que leu quando tinha 14, pois, nessa idade, vai procurar outro tipo de emoções nos livros.

Por isso, aquele que começa a se embrenhar nas misteriosas selvas da leitura deve procurar começar por livros mais simples e mais leves, como um alpinista que, no princípio, sobre morros menos íngremes e mais seguros. Com o tempo, ele se sentirá pronto para ir além. E deverá ir além, afinal, um leitor que não se preparar para ler livros maiores e mais complexos é como um alpinista que tem medo de escaladas mais íngremes.

Há também pessoas que dizem não ter tempo para ler. É curioso, mas muitas dessas pessoas não perdem um capítulo da novela. Passam as tardes de domingo vendo Faustão ou Gugu. Paciência… sempre haverá quem prefira emburrecer a mente…
Além disso, é importante saber escolher os livros. Existe por aí muita literatura ruim. Dizem que é muito importante escolher os livros que você não vai ler, pois só assim terá tempo para ler outros melhores. Por isso, é preferível escolher C. S. Lewis, em vez de Paulo Coelho. Tolkien, em vez de Sidney Sheldon. Qualquer um, em vez de Dan Brown. Há livros que instruem, abrem a mente e divertem. Outros, simplesmente, intoxicam o leitor. Fuja desses.
E existe um livro fundamental, que muitos têm preguiça de ler. É a Bíblia. Ela nos mostra as mensagens de Deus para a humanidade, nos conta a maravilhosa história da salvação, nos mostra o amor do Pai por todos nós. É leitura bela, cativante, essencial. Quem a lê só sai ganhando.
Além da Bíblia, você também vai gostar de ler:
O Senhor dos Anéis
As Crônicas de Nárnia
Cartas de um diabo a seu aprendiz
Cristianismo puro e Simples
O Manto de Cristo
Portões de Fogo
Alguém para correr comigo
O Caçador de Pipas
Quo Vadis
José e seus irmãos
Os miseráveis
Os três mosqueteiros
Olhai os lírios do campo
O Monge e o Executivo
(e muitos, muitos outros!)

Partilhando Jovem – Ler: embarque nessa aventura!


Você conhece Jean Valjean? Não? E Raskólnikov? Aslam? Aragorn? Capitão Rodrigo? Capitu? Iaiá Garcia? Padre Brown? Úrsula Buendia? Guilherme de Barskerville? Watson? Não conhece nenhum deles?

Não diga que você nunca leu Victor Hugo, Érico Veríssimo, Chesterton, Tolkien, Machado de Assis, C. S. Lewis, Gabriel García Márquez, Umberto Eco, Dostoiévski, Conan Doyle? Ora, você não sabe o que está perdendo. Estes são alguns dos grandes mestres da literatura no Brasil e no mundo. Eles criaram belíssimas histórias, com personagens instigantes e tramas emocionantes. Guiados por eles, podemos conhecer outros países, outras épocas e até outros mundos. Podemos nos esquecer um pouco dos problemas do dia-a-dia, podemos nos emocionar e podemos até refletir sobre coisas importantes. Literatura é também aventura.

Além de prazerosa e emocionante, a leitura é muito útil. As pesquisas já comprovaram que os melhores estudantes e profissionais são aqueles que lêem muito. Quem lê bastante vai melhor nos estudos, tem mais facilidade para passar no vestibular. Ou seja: quem lê livros está alguns passos à frente, na briga por um futuro melhor, do que aqueles que não lêem.

Muitas pessoas dizem que não têm paciência para ler um livro. Mas quem diz isso é porque nunca tentou ler – ou tentou ler os livros errados. Há livros apropriados para cada idade. Um adolescente de 14 anos pode até tentar ler Guerra e Paz e pode até gostar. Mas, provavelmente, ele se divertirá mais lendo outros autores. Da mesma forma, alguém com 20 anos não verá muita graça em reler os livros que leu quando tinha 14, pois, nessa idade, vai procurar outro tipo de emoções nos livros.

Por isso, aquele que começa a se embrenhar nas misteriosas selvas da leitura deve procurar começar por livros mais simples e mais leves, como um alpinista que, no princípio, sobre morros menos íngremes e mais seguros. Com o tempo, ele se sentirá pronto para ir além. E deverá ir além, afinal, um leitor que não se preparar para ler livros maiores e mais complexos é como um alpinista que tem medo de escaladas mais íngremes.

Há também pessoas que dizem não ter tempo para ler. É curioso, mas muitas dessas pessoas não perdem um capítulo da novela. Passam as tardes de domingo vendo Faustão ou Gugu. Paciência… sempre haverá quem prefira emburrecer a mente…

Além disso, é importante saber escolher os livros. Existe por aí muita literatura ruim. Dizem que é muito importante escolher os livros que você não vai ler, pois só assim terá tempo para ler outros melhores. Por isso, é preferível escolher C. S. Lewis, em vez de Paulo Coelho. Tolkien, em vez de Sidney Sheldon. Qualquer um, em vez de Dan Brown. Há livros que instruem, abrem a mente e divertem. Outros, simplesmente, intoxicam o leitor. Fuja desses.

E existe um livro fundamental, que muitos têm preguiça de ler. É a Bíblia. Ela nos mostra as mensagens de Deus para a humanidade, nos conta a maravilhosa história da salvação, nos mostra o amor do Pai por todos nós. É leitura bela, cativante, essencial. Quem a lê só sai ganhando.

Além da Bíblia, você também vai gostar de ler:

O Senhor dos Anéis
As Crônicas de Nárnia
Cartas de um diabo a seu aprendiz
Cristianismo puro e Simples
O Manto de Cristo
Portões de Fogo
Alguém para correr comigo
O Caçador de Pipas
Quo Vadis
José e seus irmãos
Os miseráveis
Os três mosqueteiros
Olhai os lírios do campo
O Monge e o Executivo

(e muitos, muitos outros!)

Partilhando Jovem: Consumismo

Eu quero. Eu quero um Nike Shox e um Ipod. Uma camisa da Puma e outra da Cavalera. Uma calça Vide Bula e um relógio Tissot. Um celular Motorola e uma TV de plasma da Philips. Quero estacionar meu Audi A3 e comprar um Big Mac. Quero mais um sapato pra se juntar aos outros trinta pares. Quero um óculos daqueles bem caros, porque se for barato não tem graça. Quero um sonzão no meu carro, daqueles que fazem estourar os tímpanos, porque essa é a única forma que tenho para que as pessoas reparem em mim. Eu quero a roupa da moda, porque esse é o único jeito de as pessoas me amarem. Eu quero um carro, porque senão as meninas nem vão me olhar. Eu quero! Eu quero! Eu quero!
E a indústria agradece. A TV me diz que se eu não fumar, sou menos legal. Se não beber a cerveja certa, sou menos bonito. Se não andar no carro mais caro, sou menos homem. Se não estiver com o sapato mais novo, sou menos mulher. Se não usar o celular lançamento, não consigo fazer ligações. Se não tiver isso, se não comprar aquilo… E, claro, eu embarco nessa. Quem manda em mim não sou eu, é a propaganda. A opinião que me interessa é a dos outros, claro. Quem sou eu para pensar independentemente? Nada disso! Eu quero é consumir!

Ei, mané, abra o olho! Você vale pelo que é, não pelo que tem. Vale pelo que faz, pelas decisões que toma, não pelo tênis que calça nem pelo carro que dirige. Use seu dinheiro de forma mais inteligente e útil. Pense nos outros. Pense no futuro. Não torre sua grana com bobagem. Tem gente que gasta cada centavo que ganha na calça de R$ 200, no óculos de R$ 300, no celular de R$ 1000, no som de R$ 4 mil. Será que essas coisas realmente valem isso? Você precisa delas? Ou só quer aparecer? Será que você acha que se não for pela nova calça super cara os rapazes não vão gosta de você? Ou se não for o som exagerado no carro, as meninas nem vão ver que você existe?

Não seja superficial. Dê valor ao que tem valor. Chame a atenção das pessoas por meio de suas qualidades pessoais e não por meio de objetos. Seja gentil, alegre, prestativo, bem humorado, inteligente, agradável, generoso. Certamente as pessoas vão preferir estar ao lado de alguém legal, mesmo que a pé. Vão preferir estar ao lado de uma moça gente boa, mesmo que sem roupa de marca. E faça o mesmo com os outros. Não seja falso, nem oportunista. Não escolha seus amigos em função do que eles têm, mas em função do que eles são. Não faça amizade por interesse. Não se aproxime de uma pessoa porque ela tem carro ou celular bacana. Quem faz isso é gente canalha.

O consumismo não é um problema em si, mas é sintoma de vários problemas. Geralmente, uma pessoa que vive comprando coisas é uma pessoa superficial, que não dá valor às coisas certas. É uma pessoa irresponsável, que não sabe ser previdente e pensar no futuro. É uma pessoa apegada demais aos bens materiais, incapaz de se separar deles.

É preciso saber usar os bens materiais para o bem. É preciso saber quando é bom tê-los e quando é melhor dá-los ou mesmo jogá-los fora. às vezes eles podem ser apenas pesos que nos prendem ao mundo. Na hora de ir para o céu, eles vão mais é nos puxar para baixo…
Aprenda a doar um pouco do seu dinheiro a quem precisa e a economizá-lo para o futuro. Compre aquilo que você precisa de verdade e não aquilo que mandam você comprar. O que importa é o que você faz e o que você é. Todo o resto, um dia, vira lixo.

“Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou: Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna? Disse-lhe Jesus:
– Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida eterna, observa os mandamentos.
– Quais?, perguntou ele.
Jesus respondeu:
– Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho, honrarás teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti mesmo.
Disse-lhe o jovem:
– Tenho observado tudo isto desde a minha infância. Que me falta ainda?
Respondeu Jesus:
– Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!
Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens. Jesus disse então aos seus discípulos:
– Em verdade vos digo: é difícil para um rico entrar no Reino dos céus! Eu vos repito: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus.”

Mt 19, 16-24

"A TV me deixou burro, muito burro, demais"

É tempo de férias! Ah, que vida boa. É tempo de ver TV. De colocar as pernas para o ar e ver Sessão da Tarde. Você vai assistir a Curtindo a Vida Adoidado pela 43ª vez e a Esqueceram de Mim pela 38ª. Vai achar que realmente Vale a pena ver de Novo e vai ficar relembrando as novelas melosas de antigamente. Depois vai ficar sonhando com o mundo fantasioso de Malhação e das novelas das seis, das sete e das oito.

Não tem nada de errado em ver TV. Mas é preciso tomar cuidado. Não podemos nos deixar escravizar por essa caixa brilhante que toma conta de nossa casa. E nem tudo o que ela nos mostra nos faz bem: é precisa lembrar que nem tudo que é permitido nos convém.

A TV pode ser educativa. Pode nos informar sobre o que acontece no mundo. Pode nos mostrar filmes emocionantes, que nos fazem pensar sobre a vida. E pode nos mostrar pornografia, pode incentivar o pecado, pode nos fazer perder tempo com coisas desnecessárias, pode nos conduzir à violência. Vai depender apenas do uso que fazemos dela. Vai depender do tipo de programas que assistimos.

As novelas, há muito tempo, se tornaram formas de fazer propaganda do pecado. Ultimamente as novelas falam de espiritismo, como se fosse coisa correta. Falam de bruxaria e de feitiços como se isso não fosse coisa do demônio. Falam de adultério como se fosse algo absolutamente normal. Falam de aborto como se não fosse assassinato. Falam de roubo como se fosse uma forma aceitável de subir na vida. Falam de violência e assassinato como se matar as pessoas fossem um jeito normal de resolver os problemas. Muitos filmes vão no mesmo caminho. E os programas de auditório? Só querem explorar o corpo: é homem sem camisa e mulher pelada. Todo mundo rebolando, se agarrando. A virtude é vista como coisa negativa. A santidade é para os bobos. A TV vende a idéia de que o inferno é um lugar divertido. Temos que tomar cuidado com isso.

Precisamos assistir TV na dose certa, no horário certo, vendo os bons programas. Precisamos aprender a mudar de canal quando algo pecaminoso nos é mostrado. Precisamos aprender a desligar a TV para ler um livro, conviver com a família, dar uma volta, sair com os amigos. Afinal, você não quer virar um Homer Simpson burro e barrigudo, ou uma mulher fútil que só quer saber sobre a mocinha da novela, quer?

O que é o namoro

O que é namoro? É uma relação amorosa recíproca; momento de cortejar; de desejar um ao outro; de interesse mútuo. É o momento da paixão e das ilusões: tudo se volta para o outro.

É lindo o tempo de enamorar-se: de estar junto, conhecer um ao outro, os gostos, as preferências, mas ao mesmo tempo de respeitar-se mutuamente. E o mais bonito é que Deus nos deu este tempo de namoro para nos relacionarmos e nos conhecermos, até quando aparecem as dificuldades e as necessidades para um relacionamento sadio: sinceridade, evitar o ciúme, falar o que pensa e sente das atitudes do outro, o que nos agrada e desagrada. Neste tempo de conhecimento se percebemos que isto nos trará prejuízo posterior, precisamos ter a coragem de por fim e terminar com este relacionamento.

Nesse tempo, nós vivemos em um período do “parecer”: charme, busca e novas descobertas, mas de tudo isto o importante é a transparência de se dizer ao outro, de ir entrando num diálogo mais profundo, é a transparência do falar e do sentir. Não podemos confundir amizade íntima com amor. Não queira ganhar a pessoa de qualquer jeito. Não se entregue para consegui-la. Tenha coragem de dizer “não” nas horas íntimas do casal, pois isto solidificará o namoro. No mundo de hoje os relacionamentos são mais livres. Mas no amor volúvel, a durabilidade é passageira.

Diz o ditado popular: “a ocasião faz o ladrão”. Começa pela oportunidade do lugar, o instinto se torna maior que a vontade, e finalmente dominados pelo desejo chegam à relação sexual, sem que tenham a dimensão das conseqüências. Primeiro, a pressa de fazer de qualquer jeito, pois o instinto ou carência supera o amor e após o gozo vem o medo da gravidez, da doença e da perda. Infelizmente a mentalidade de hoje é oposta aos ensinamentos de Deus. O mundo aderiu ao “amor livre”, quer dizer, “ser mais uma na lista do fulano”. Não se conta mais a desco­berta e o tempo para que o casal atinja o maior prêmio que Deus lhe deu: o ápice do ato sexual. O que vale é fazer de qualquer jeito.

Até as “boas famílias” vão aderindo à mentalidade munda­na de só realizarem os casamentos depois que o casal tenha vida em comum por um determinado tempo, para ver se dará certo. O que é bom virou uma banalidade. O namoro é um período de relacionamento maduro, de se ter o gosto e a paciência de conhecer os limites e riquezas de cada um. É aconselhável evitar trazer para um novo namoro o que aconteceu em relacionamentos pas­sados. Não ter receio de mostrar as próprias virtudes, pois ele (ela) deve ser cativado por suas qualidades, e não por seu corpo bonito, sensual.

Ser uma pessoa carinhosa é fundamental no namoro. Diante do esfriamento, não termine logo, não brigue, porque isto gera insegurança e cria feridas imensas, difíceis de serem curadas. Neste tempo é importante não ir fazendo o gosto do namorado ou da namorada, e sim conhecê-lo (a), pois não nos esqueçamos que o maior inimigo de um relacionamento é a traição. Um lindo amor ungido por Deus acaba em tristes desavenças, porque não respeitamos o tempo que Ele nos deu para o conhecimento a dois. Hoje a palavra matrimônio não se traduz mais em virgindade, mas temos que pedir a Deus a sua miseri­córdia para iniciarmos tudo de novo e confiarmos: “Eis que faço novas todas as coisas”.

Deus abençoe os namorados!

(Adaptado de texto de Wellington Silva Jardim, da Comunidade Canção Nova)

Saia dessa, fique sóbrio!


E aí rapaz? Comequié, garota? Os olhos estão pesados? Você está enxergando dobrado? A língua está enrolada? Você está se sentindo como se estivesse dentro de um liquidificador? Pois é, você sabe porque, não sabe? É o álcool!

Beber é divertido. Ajuda a adormecer a timidez, a soltar a língua, a criar coragem, a esquecer as mágoas. E, afinal, todo mundo bebe… Mas cuidado: você pode estar caindo numa armadilha que pode acabar com a sua vida.

Beber não é pecado. Mas há limites para isso e nem todos conseguem enxergar claramente esses limites e se controlar. Aquele que bebe demais está pecando, pois está colocando a própria vida e a de outras pessoas em risco. Quem bebe demais traz sofrimento à família. Quem bebe demais se torna alvo fácil para os maus conselhos do demônio.

Todos sabemos que muitos jovens morrem, todos os dia, em todos os lugares do mundo, em função da bebida. São acidentes de carro envolvendo jovens bêbados (será que você não conhece ninguém que morreu assim?), são brigas sem sentido envolvendo gente embriagada, algumas das quais terminam em assassinato. Se todos sabem dessas coisas, se conhecemos o poder destrutivo do excesso de álcool, porque tanta gente continua bebendo demais? As respostas são muitas: são os falsos amigos, que aparecem para a farra e somem na hora dos problemas; é a fraqueza, a incapacidade de dizer não, é a estupidez humana…

A própria Bíblia faz uma grave advertência contra o alcoolismo. Está lá: “Ouve, meu filho: seja sábio, dirige teu coração pelo caminho reto, não te ajuntes com os bebedores de vinho, com aqueles que devoram carnes, pois o ébrio e o glutão se empobrecem e a sonolência veste-se com andrajos” (Prov. 23,21).

Pois é. Aqueles que bebem demais perdem o controle de si mesmos, perdem o controle da vida. Eles vivem cercados de parceiros de cachaça, mas não têm amigos. Eles partem os corações das mães e fazem infelizes os pais. Eles perdem as namoradas. Vão mal na escola. Ficam sem emprego. E podem acabar em andrajos. Podem acabar com a cara de idiota, como o homem da foto.

O alcoolismo é uma ladeira. Cada passo é uma queda. Mas é possível sair dessa. É preciso força de vontade, oração e apoio. Aquele que usa o vício como desculpa para continuar no vício está fugindo do problema. Aquele que se julga fraco demais para vencer o álcool está mentindo para si mesmo, por medo. Todos são capazes de se levantar. Todos podem recuperar a dignidade. O primeiro passo é querer. O segundo, procurar ajuda. Hoje existe a Pastoral da Sobriedade e os Alcoólicos Anônimos. Há tratamentos específicos, há, clínicas, há a Fazenda da Esperança, que o Papa está visitando neste mês, no Brasil. Sempre há esperança.

Peça forças a Deus, procure os amigos verdadeiros, informe-se sobre os caminhos existentes. Se você já está fora dessa, não entre. Se já entrou, você vai sair. E diga logo ao garçom que aquela foi a última.

Cuide bem dos seus amigos

Ah, como é bom ter amigos! Companheiros de risos e venturas, força firme nas horas escuras…
Costuma-se dizer que somos nós que escolhemos nossos amigos. Isso é verdade, mas em parte…

Antes que nós escolhamos as nossas amizades, Deus as escolhe para nós. Nessas situações misteriosas, que nossa pobre linguagem chama de “coincidências”, Deus faz nascer simpatias mútuas que se tornam afetos que, por sua vez, se cultivados, se tornam amizades. Assim nascem os amigos. São colegas de escola que se sentam lado a lado; são vizinhos que voltam juntos para casa; são desconhecidos que se vêem trabalhando no mesmo lugar; são pessoas que se encontram no grupo de jovens.

Deus providencia tudo. Coloca os amigos em nossa vida. Mas temos a responsabilidade de aceitar a escolha de Deus e de fazer crescer a amizade. Para isso, precisamos conviver, precisamos aprender a ser pacientes, pois nossos amigos certamente terão defeitos. Precisamos também aprender a lapidar nossa personalidade, para que nossos próprios defeitos não sejam tão pesados para nosso amigo. Precisamos saber nos “dar”. E assim, pouco a pouco, vai surgindo a confiança, a solidariedade, a lealdade. Um laço delicado, porém resistente, vai se apertando pouco a pouco.

A amizade é algo maravilhoso. Amigos não têm frescuras. Eles não usam máscaras uns com os outros. Dispensam hipocrisias. Não buscam admiração. Às vezes são tão amigos que se tratam quase grosseiramente, porque são espontâneos, mas leais. Amigos não gostam que se fale mal dos seus amigos. E têm prazer em falar bem uns dos outros, afinal, têm orgulho da amizade.
Bons amigos se conhecem, cuidam uns dos outros, se preocupam, se corrigem.

Amigos sabem também se afastar. Sabem dar um tempo, abrir espaço, calar no momento certo. Sabem sair de cena se for preciso. E voltar tão calorosos como sempre na hora adequada. Porque a amizade, aquela simpatia que virou afeto, e somada à confiança e á lealdade cresceu e deu frutos, a amizade não morre, a não ser que jamais tenha sido amizade verdadeira. Às vezes os amigos se separam, se distanciam, pois nem sempre a vida segue de forma que possam caminhar juntos pelas mesmas estradas, mas isso não importa. Não há tempo ou distância que anestesie as verdadeiras amizades. Basta um reencontro, breve que seja, para que os afetos renasçam, as saudades se abrandem, os papos apareçam e os risos retornem.

Tenhamos Jesus como exemplo do melhor amigo que é possível ter, e ser. E lembremos que, para fazer um amigo é muito fácil: bastar sermos amigos primeiro.